Carlos Henrique Massarotto - Henraq
Carlos Henrique Massarotto
- Entrevistas
- 10/03/09
Carlos Henrique Massarotto é formado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP e com especialização em Materiais Poliméricos. Durante sua carreira, atuou no desenvolvimento de produtos em grandes empresas como Johnson & Johnson e Unilever. Atualmente ocupa o cargo de Gerente Geral na Plastek do Brasil, empresa subsidiária da The Plastek Group, empresa americana, com expertise em injeção de peças plásticas para os mercados de produtos cosméticos, alimentício, farmacêuticos e produtos de higiene e limpeza.
Carlos Henrique Massarotto
1) Como a situação econômica global está atingindo o mercado de embalagens plásticas para a indústria de cosméticos e produtos pessoais?
Após um final de ano e um princípio de 2009 de muitas incertezas, o mercado de embalagens para o segmento de cosméticos, produtos de beleza e higiene pessoal parece reagir bem às ameaças de crise e grandes empresas do setor estão dando seguimento aos seus projetos.
2) Quais são as inovações que estas indústrias estão buscando no desenvolvimento de novas embalagens?
A busca pela inovação em design e funcionalidade continua sendo o grande “drive” nos desenvolvimentos desse mercado. No entanto, a grande competição observada no mercado certamente impulsionam as empresas para buscarem alternativas custo-efetivas que proporcionem ao consumidor inovação pagando menos.
3) O que esperar de impacto ambiental das novas embalagens?
Seguramente a busca de embalagens plásticas cada vez mais leves é a primeira intenção. Porém grandes empresas também buscam avanços no desenvolvimento de materiais alternativos menos agressores ao meio ambiente.
4) Pode citar alguns exemplos?
Muitas rotas estão sendo trabalhadas, mas a grande tendência está no desenvolvimento de resinas plásticas que levem algum tipo de carga capaz de proporcionar uma rápida degradação em aterro sanitários. Já vi algumas alternativas envolvendo madeira, bagaço de cana e outros materiais afins com resultados bastante interessantes. Já começa a se ter muita literatura disponível à respeito.
5) Como está o desenvolvimento dos chamados “polímeros verdes” ?
As rotas de sintetização e produção de polímeros a partir de fontes que não do petróleo certamente são muito promissoras, especialmente aquele obtidos a partir do etanol A viabilidade econômica tem segurado alguns desenvolvimentos e investimentos. Mas eu particularmente acredito muito nessas alternativas e torço para que elas venham a liderar as inovações na área de polímeros termoplásticos.
6) Os profissionais no mercado estão sendo devidamente treinados e preparados para lidarem essa questão ambiental?
De um modo geral sim. Percebe-se claramente uma grande alavancagem de cursos de formação e especialização na área ambiental. Porém há muito a ser feito ainda.
Na Plastek temos a preocupação de estarmos atualizados com tudo aquilo de novo que surja no setor e profissionais na empresa hoje desenvolvem trabalhos em conjunto com renomadas universidades no setor.
7) Em sua opinião, como será o futuro para os profissionais desta área?
A Engenharia Química talvez seja a área profissional que mais vem sendo solicitada a crescer e a se desenvolver para atender as necessidades de mercado na área ambiental e reciclagem . Portanto vejo que o profissional da engenharia química tem pelo menos mais uma década de sucesso garantido no futuro, depende de cada profissional.
8) Qual seria a consideração final que julga importante nesta área?
Até pela minha formação universitária a experiência profissional, vejo a área de embalagens como sendo fascinante e as mais recentes exigências e demanda de mercado tornam o desenvolvimento de embalagens principalmente para as mbalagens plásticas ainda mais fascinante e desafiador.
A Plastek acredita muito nisso e acredita estar preparada para os desafios que estão por vir.